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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Viajando pela História – Praia de São Martinho do Porto






A Baía de São Martinho do Porto é um acidente geográfico que, pela sua forma, em concha perfeita, é único no país e na Europa, protegida da fúria do Atlântico, começou por ser terra de pescadores, mas cedo lhe deram outros usos.

A povoação de S. Martinho do Porto foi fundada pelos monges do Mosteiro de Alcobaça, no século XIII.

Esta praia é o último vestígio do antigo golfo que se estendia até Alfeizerão até ao século XVI. A antiga Lagoa de Alfeizerão seria navegável desde o mar em S. Martinho até Tornada, tendo existido um porto de mar em Alfeizerão.


Hoje resta a concha de S. Martinho do Porto, uma bacia marítima de forma elíptica, com águas calmas e arvoredo envolvente, constituindo um porto natural de paisagem única. Possui cerca de 3 quilómetros de areal e uma barra com 250 metros de abertura, entre os Morros de Santana a sul e do Farol a norte.

Até finais do século passado São Martinho do Porto foi um dos principais portos do País, nos dias de hoje é porto de recreio e de apanha submarina de algas.

Nesta Baía desagua o rio Tornada, obrigando a cuidados especiais contra o assoreamento e a poluição.


Calçada da Glória, uma das ruas antigas da vila de S.Martinho do Porto em Calçada à Portuguesa.


Sonhos por concretizar

Entre 1898 e 1921 houve várias tentativas para o desenvolvimento balnear e termal na praia de S. Martinho do Porto, encontram-se registos, pedidos de licenciamento e um plano “Plano Geral do desenvolvimento Industrial e de Turismo”.Mais tarde, em 1927, foi publicado na revista “Arquitectura”, da responsabilidade de Fernando P. de Magalhães.

Estes sonhos partiram de um conjunto de capitalistas de onde de destacam José de Azevedo Castelo Branco e John George, com o objectivo de explorar as Águas de Salir. Propuseram-se a construir um estabelecimento balnear com 2 pisos, dois hotéis, casino, parque, bairro de moradias, praça de touros, clube desportivo com campos de ténis e um grande campo de jogos, assim como uma pista de aviação e hangar para hidroaviões. Não conseguiram aprovação para os concretizar.


Em 1931, escreveu-se no jornal “A voz de São Martinho”: “São Martinho do Porto foi criado por Deus para os pequeninos, e a obra ficou tão delicada e perfeita que só os homens a podem estragar”.


Fotos: Celso Gonçalves Roc2c Nov/2011

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